
Desde que comecei a estudar Design de Interiores, venho pesquisando mais sobre muita coisa, e acabei descobrindo uma paixonite por algo que antes não havia atinado: História da Arte e do Design. É incrível o que a gente descobre quando começa a estudar essa área, e como a gente consegue ligar o Design à sociedade e qual sua importância nesta. Dito isso, resolvi compartilhar o que venho descobrindo, porque conhecimento nunca é demais. Começarei pelo MASP – Museu de Arte de São Paulo.

O MASP
Criado por Assis Chateaubriand em 1947, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) é uma fundação privada sem fins lucrativos e o primeiro museu moderno do Brasil. Localizado na Avenida Paulista, um das avenidas mais famosas de São Paulo, o prédio foi inaugurado em 7 de novembro de 1968. O projeto arquitetônico do edifício da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, e seus pilares vermelhos foram projetados pelo engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz. Foi o primeiro museu a receber novas tendências artísticas depois da Segunda Guerra Mundial. O prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2003.
O terreno do museu foi doado por Joaquim Eugenio de Lima sob a condição de não construir uma obra que atrapalhasse a amplidão panorâmica do local; portanto a obra teria que ser no subsolo ou suspensa. Lina Bo Bardi e José Carlos de Figueiredo Ferraz optaram pelas duas alternativas, construindo um bloco no subsolo e outro suspenso, a 8 metros do chão, ligados por dois pilares e duas vigas gigantescas.
A Arquitetura

O prédio possui aproximadamente 10 000 m² de área total. “Concreto à vista, caiação, piso de pedra-goiás para o grande Hall Cívico, vidro temperado, paredes plásticas. Os pisos são de borracha preta tipo industrial. O Belvedere é uma ‘praça’, com plantas e flores em volta, pavimentada com paralelepípedos na tradição ibérico-brasileira. Há também áreas com água, pequenos espelhos com plantas aquáticas”, descreveu Lina Bo Bardi, e afirmou: “Não procurei a beleza. Procurei a liberdade.”

Entre os anos 1996 e 2001, o MASP passou por uma reforma que gerou polêmicas. A obra, comandada por Júlio Neves, incluía a troca do piso original, que havia sido escolhido por Lina Bo Bardi. O projeto foi bastante criticado por outros arquitetos, pois, segundo eles, a reforma causaria uma profunda descaracterização do projeto original.
As vigas protendidas do piso e da cobertura se apoiam em 4 pilares situados nas extremidades das vigas. Estes pilares são ocos próximos à cobertura, contendo um pêndulo interno, de modo a evitar que os efeitos de dilatação/contração das vigas acarretem na transferência de esforços para os pilares e consequentemente acarretem em momentos fletores.
O que o MASP oferece
O Acervo do MASP, atualmente, possui em média 8 mil peças, incluindo arte africana e asiática, alguns conjuntos das escolas italiana e francesa, arte flamenga, holandesa, alemã, inglesa, peças arqueológicas, artes decorativas, moda e vestuário. Possui o maior acervo de arte ocidental da América Latina e, também, a maior biblioteca com especialidade em Arte do país. É composto por pinacoteca, biblioteca, filmoteca, fototeca, dois auditórios, videoteca, restaurante, loja oficina, ateliê, espaços administrativos, reservas técnicas, além dos espaços expositivos.

Em seu acervo, há obras de grandes nomes da arte nacional, como Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Almeida Junior; e também internacional, como Rafael, Mantegna, Botticceli, Delacroix, Renoir, Monet, Cèzanne, Picasso, Modigliani, Toulouse-Lautrec, Van Gogh, Matisse e Chagall.
O Museu também oferece cursos, por meio da Escola do MASP, que oferece aulas de Introdução à História da Arte, entre outros, voltados para pessoas com ou sem formação na área. Também oferece atendimento a grupos, ateliê e espaço infantil, com atividades para as crianças.
Fontes:
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MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO. Wikipédia.
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SOBRE O MASP. Museu de Arte de São Paulo.
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MASP. Cidade de São Paulo.